domingo, 9 de julho de 2017

Veio o Artista do Sertão " O Sertanejo é, antes de tudo, um forte'



Veio
Cicero Alves dos Santos

" O Sertanejo é, antes de tudo, um forte ''








Vilma Eid, proprietária da galeria Estação
fonte; http://casaclaudia.abril.com.br/ambientes/o-artista-sergipano-veio-abre-mostra-individual-na-galeria-estacao/

Documentário 
De família de lavradores, desde menino esculpe em cera de abelha, para logo em seguida encontrar a madeira, até hoje a sua matéria fundamental de expressão. Com um sentido de volume muito peculiar, Veio não só equilibra quatro elementos com harmonia em uma única escultura de pequena dimensão -- uma figura de mulher, duas crianças, um feixe de lenha -- como, mais recentemente, partiu para a instalação do seu trabalho em espaços abertos, públicos, em pleno sertão sergipano. Na rodovia Engenheiro Jorge Neto, que passa em frente ao seu sítio, figuras em tamanho natural ou agigantado de lavradores com suas pás, mulheres grávidas carregando pesos, crianças e animais, Lampião, Maria Bonita, Padre Cícero, além de procissões de enterro, pares dançando forró, criam uma atmosfera a um tempo onírica e crítica do penoso dia-a-dia do homem do campo em sua pobreza, mas alimentado pela aura de sua cultura. 

"Pequeno dicionário do povo brasileiro" -- Lélia Coelho Frota







'56ª Bienal de Veneza

O artista plástico Véio, diante de L’Abbazia di San Gregorio, que abriga exposição com suas criações durante a 56ª Bienal de Veneza/Foto: Patricia Rousseaux


O artista plástico Véio, diante de L’Abbazia di San Gregorio, que abriga exposição com suas criações durante a 56ª Bienal de Veneza/Foto: Patricia Rousseaux
Depois de ter visto as criações de Véio na mostra coletiva Teimosia da Imaginação, no Instituto Tomie Ohtake, em 2012, o curador francés Hervé Chandès o escolheu como um dos artistas que apresentariam suas obras na Fondation Cartier pour l’Art Contemporain, em Paris.
Hoje, por ocasião da 56ª Bienal de Veneza, os trabalhos de Véio ocupam um célebre monumento veneziano, L’Abbazia di San Gregorio, um edifício do século XIII, ao lado da igreja da Salute, com uma instalação curada pelo italiano Stefano Rabolli Pansera, composta de mais de cem esculturas de madeira pintada.











Veio  '56ª Bienal de Veneza


O artista plástico Véio, diante de L’Abbazia di San Gregorio, que abriga exposição com suas criações durante a 56ª Bienal de Veneza/Foto: Patricia Rousseaux
Depois de ter visto as criações de Véio na mostra coletiva Teimosia da Imaginação, no Instituto Tomie Ohtake, em 2012, o curador francés Hervé Chandès o escolheu como um dos artistas que apresentariam suas obras na Fondation Cartier pour l’Art Contemporain, em Paris.
Hoje, por ocasião da 56ª Bienal de Veneza, os trabalhos de Véio ocupam um célebre monumento veneziano, L’Abbazia di San Gregorio, um edifício do século XIII, ao lado da igreja da Salute, com uma instalação curada pelo italiano Stefano Rabolli Pansera, composta de mais de cem esculturas de madeira pintada.


L’Abbazia di San Gregorio, que abriga exposição com criações de Véio durante a 56ª Bienal de Veneza/Foto: Patricia Rousseaux





Cerca de 250 pessoas foram à abertura da exposição de Véio na Abbazia di San Gregorio, durante a 56ª Bienal de Veneza/Foto: Patricia Rousseaux




Obra do artista plástico Véio, em exposição na Abbazia di San Gregorio, durante a 56ª Bienal de Veneza/Foto: Patricia Rousseaux


Obra do artista plástico Véio, em exposição na Abbazia di San Gregorio, durante a 56ª Bienal de Veneza/Foto: Patricia Rousseaux

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Obra do artista Cícero Alves dos Santos.
























 O artista Cícero Alves dos Santos – o Véio nascido em Nossa Senhora da Glória, em Sergipe – para comemorar os seus 10 anos de existência. Pioneira no trabalho que procura diluir a fronteira que separa artistas de raiz popular do cenário da arte contemporânea, Vilma está também empenhada na divulgação desse trabalho preciso. A mostra do artista Véio inclui o lançamento do livro editado pela WMF Martins Fontes e é assinado pelo importante crítico de arte Rodrigo Naves. 
O momento não poderia ser mais oportuno, pois Véio acaba de voltar de Paris, depois de participar da exposição comemorativa dos 30 anos da Fundação Cartier, ao lado de outros brasileiros, como Adriana Varejão,  Beatriz Milhazes e mais dois artistas representados pela Galeria Estação, como Zé Bezerra e Nino.
Com cerca de 45 trabalhos, a exposição Cícero Alves do Santos: Véio reúne obras recentes, realizadas entre 2013 e 2014, em grandes e pequenas dimensões. Nas peças maiores, troncos, galhos e raízes têm uma presença decisiva e Véio intervém apenas pontualmente, esculpindo ou pintando, para tornar mais explícitas as figuras e formas que vislumbra naqueles elementos naturais, que ele chama de “madeiras abertas”.
E conforme aponta Naves, “como as cores não têm grande importância na definição formal das obras, elas ajudam sobretudo a realçar a irregularidade dos volumes que recobrem, sem ocultar sua origem orgânica e vegetal.”
Autodidata, Véio recebeu o apelido aos 5 anos pois sempre se colocava entre as conversas dos mais velhos. E desde essa época começou a executar suas primeiras peças em cera de abelha. Admirador da cultura popular, Véio sempre teve relação intensa com seu meio. E foi motivado a criar ao lado de seu ateliê – localizado no interior de Sergipe – o “Museu do Sertão”. Muitos dos objetos recolhidos testemunham o embate do homem do campo com a natureza. São chapéus de couro, utensílios domésticos, máquinas rústicas, roupas e acessórios que fazem parte da vida do sertanejo.


 Obra do artista Cícero Alves dos Santos.
















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