quarta-feira, 14 de março de 2018

A pintura mutante de Gildecio Costaeira

Matéria republicada da Revista Digital Katawixi - Luama Socio 

A pintura mutante de inspiração paleozóica de Costaeira


Gildecio Costaeira, artista nascido e criado no povoado Campo do Crioulo, pertencente à cidade de Lagarto, no Sergipe, inspira-se em ideias Paleozóicas de eras Ordovicianas e Jurássicas para criar suas pinturas de “mutação constante” dos elos entre plantas, fungos, animais e cores de um Brasil ao mesmo tempo novo e ancestral.

Ele diz que “estudando as artes dos cinco continentes do planeta”, pensa na preservação e transformação das espécies ao longo das eras e também simultaneamente: “eu transformo e ao mesmo tempo dou nova vida a animais e plantas extintos e inéditos, minha arte é toda inspirada na criação natural”.


Assim Costaeira nomeia seu processo artístico de Arte Natural Primitiva, conceito que expressa “a junção de vidas inexistentes” por meio do ato criador do artista, munido de sua capacidade de combinar cores, curvas e traços, possibilitando o surgimento “natural” de novos seres.

O centro de sua estética é a cor: “na verdade as cores dizem tudo”, explica. E o centro de sua mensagem é a da preservação da beleza natural: “a natureza é o tema da esperança na criação, preservação e recriação. Na verdade, como não tenho a referência dos grandes pintores, meus mestres são os rios, os peixes, mamíferos, vegetais, aves, moluscos, répteis…”
 Nascido em 1978, Costaeira é artista desde criança. Seus primeiros trabalhos exibidos aos olhos do público, nos anos 90, foram capas de fitas-cassetes da banda de seu irmão Deon, a Lacertae. Ele lembra dessa época: “cada fita demo da banda Lacertae tinha uma capa diferente, personalizada, com desenhos à giz de cera feitos por mim”. Depois vieram experimentações em vários suportes, tais como discos de vinil e camisetas, além das telas convencionais.

Dizendo-se descendente dos matutos do sertão sergipano, Costaeira também se considera totalmente influenciado pela cultura regional de seu lugar que, de certa forma, leva-o a associar as cores com uma maneira mística de ver o mundo: “A minha pintura tem a pureza de trazer as plantas e os animais extintos para serem transformados em telas irradiantes com cores fortes. Ela também traz seres luminosos do passado que viveram em nosso planeta e que, agora, são recriados em outras dimensões. Penso que essa é também uma proposta de tocar em ideias relacionas à arte e à educação”, explica Costaeira.


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