quarta-feira, 9 de setembro de 2015

A saga dos parafusos de Lagarto: resistência e ressignificação

Por Eduardo Bastos 24/08/2015 09h15 - Atualizado em 25/08/2015 07h18 A saga dos parafusos de Lagarto: resistência e ressignificação Tem-se divulgado a ideia de que os Parafusos identificam Lagarto. É tão forte esta ideia que algumas representações culturais da cidade são feitas com as fotos dos Parafusos.
Irineu Roberto de Oliveira é lagartense, e atualmente exerce o cargo de Professor de História nas redes estadual e municipal de ensino. Em 2000, Irineu apresentou um trabalho monográfico à disciplina Prática de Pesquisa Histórica do departamento de história, como requisito parcial à obtenção do título de Licenciatura em História pela Universidade Federal de Sergipe. A Monografia de Irineu tem por título "A saga dos parafusos de lagarto: resistência e ressignificação". No resumo do seu trabalho, Irineu diz que: "O grupo folclórico parafusos da cidade de Lagarto representa o município nos festivais de cultura popular a nível nacional, e mesmo assim passa por uma série crise, que envolve a identidade do grupo, seu lugar na sociedade lagartense e a identidade do próprio município. Considerando a dinâmica do folclore e a importância do grupo para a cultura de Lagarto, procuramos identificar as causas do processo de desvalorização que o grupo sofre na atualidade, o que mantêm viva a tradição do Parafuso e os novos significados do grupo a partir de sua reativação no final dos anos 70, depois de sua quase extinção nos anos 60." A discussão do trabalho produzido por Irineu conclui pela "necessidade de um projeto educacional capaz de promover o resgate e a preservação das manifestações populares e da cultura local, como forma de fortalecer a identidade lagartense." O trabalho de Irineu é consistente e aborta com riqueza de detalhes aspectos da existência do grupo Parafusos; detalhes que em nenhum momento foram tratados por publicações sobre o tema. Além disso, a monografia em questão tem a vantagem de ser um trabalho científico, amparado em trabalho cuidadoso de checagem e confrontação das fontes - o que lhes garante ainda mais credibilidade e fonte confiável de pesquisa. Sendo assim, e com o consentimento entusiasta de Irineu, disponibilizo agora para meus leitores um fragmento de ´A saga dos parafusos de lagarto:resistência e ressignificação´.





Parafusos Tem-se divulgado a ideia de que os Parafusos identificam Lagarto. É tão forte esta ideia que algumas representações culturais da cidade são feitas com as fotos dos Parafusos. O Parafusos constitui um grupo folclórico existente no município de Lagarto desde o século XIX, formado por homens que dançam dando pulos e rodopios, vestidos com varias anáguas, umas sobrepostas sobre as outras, cobrindo todo o corpo. "No começo dos anos 80, a indumentária dos Parafusos era composto de um traje branco, formado de babado desde o pescoço até os pés, como as anáguas dos escravos. Os babados têm bicos e a renda. Nos anos 60 os chapéus dos brincantes eram de palha, com um acessório parecido com uma mola ou espiral, simbolizando um parafuso. Nos anos 80 os chapéus não são mais de palha, passando a ser de ráfia com uma fita vermelha amarrada ao redor." Alguns autores fazem referências a grupos de Parafusos em diferentes localidades e com sentidos diferentes. Câmara Cascudo o define como passo do frevo pernambucano, oriundo do maxixe: "... uma espécie de samba, onde homens e mulheres bailam em roda, contando. No final dos versos , fazem uma pequena série de voltas, terminados por um "staccato" e batida forte".






De acordo com Carvalho Deda (1967), "os Parafusos em Sergipe é uma festa popular em extinção". A sua referência sugere a existência do grupo em Simão Dias. Já a estudiosa no assunto, professora Aglaé Fontes de Alencar, colhe com o zelador da Igreja do Carmo em São Cristóvão, versão do folguedo apresentado na antiga capital de Sergipe. Porém, é em Lagarto que essa expressão da cultura popular, denominada Parafusos, ainda hoje sobrevive. O número de componentes dos parafusos nos anos 60 era de 21. Com um detalhe: além dos brincantes e tocadores, existia um componente fantasiado de índio - a presença do índio é justificada pelo auxílio que ele dava aos negros nas fugas e nos mocambos. Depois de reativado, no final da década de 70, o Parafusos passou a ser composto por 13 brincantes, e não mais se apresentavam acompanhados da figura do índio. O atual organizador e mestre do grupo dos Parafusos, Gerson Santos Silva, chega a dizer: "não existe em lugar nenhum; o único grupo que existe só é em Lagarto, é só no estado de Sergipe ( ... ) não apresenta outro grupo em lugar nenhum do mundo a não ser Lagarto". O grupo folclórico Parafusos tem sua memória escrita a partir de informações colhidas por Adalberto Fonseca4, em 1968, através de depoimentos de um antigo escravo da fazenda Piauí, Benedito Puciano, filho de africanos, integrante do grupo original dos Parafusos. As informações que ele deu a Adalberto Fonseca tornaram-se a base do conhecimento que se tem sobre a origem do grupo. FONSECA explica assim a origem do folguedo lagartense: "Como é do conhecimento de todos, os Parafusos surgiram da seguinte forma: negros que fugiam e passavam a viver em mocambos, valiam-se das noites de lua para roubarem mantimentos e tudo o que fosse encontrado". Era costume da época as sinhás e sinhazinhas vestirem anáguas de sete côvados, que ficavam bem rodadas e ornadas, com rendas e bicos franceses muito em moda no século passado. Acontece que, para as peças sofrerem o processo de alvejamento, eram colocadas no sereno depois de submetidas a uma série de branqueamento. Ali, durante a noite, o sereno passava a exercer a interferência no tecido, cujo resultado alcançado satisfazia plenamente. Mas, acontecia que o negro fujão, ao passar ali levava aquela peça, com a finalidade única de servir de cobertor. O roubo das anáguas chegou a tal ponto de não serem mais as peças colocadas no quarador - como era conhecido o local de descoloração. Quando se deu a libertação dos escravos, eles saíram as ruas da vila cantando e pulando, rodopiando e dançando. O padre José Saraiva Salomão, então os batizou de Parafusos, a torcer e a destorcer. Esta versão é também divulgada por Aglaé Fontes Alencar, que mostra como, daqueles episódios, originou-se a dança. "assim, as figuras em rodopios andavam pelos canaviais e a imaginação completava o resto. Haviam noticias sobre as" visagens " que apareciam nas estradas, nas matas e nos canaviais. Todo mundo comentava se a noite era de lua. Os claros e escuros das árvores valorizavam ainda as vestes brancas que rodopiavam.







Essa autora ainda salienta outras características e objetivos dos grupos, destacando que: "após a abolição da escravatura, a saída dos negros vestidos com as anáguas não era mais para fazer a pilhagem para levar ao Quilombo; era pura distração mesmo. Era um desabafo em cima dos seus Senhores". A apresentação brasileira na cerimônia de encerramento das Paraolimpíadas de 2012, assistida por milhares de telespectadores em todo o mundo, na passagem da bandeira olímpica para o Rio de Janeiro, sede dos próximos Jogos, em 2016, teve como destaque a representação do grupo folclórico sergipano os Parafusos. Depois que foi reativado no final dos anos setenta o grupo Parafusos passa por um processo de ressignificação, passando a apresentar-se no Festival de Folclore de Olímpia, preservando assim o que em Lagarto passou a ter pouco valor. Pouco se faz para consolidar na consciência do povo de Lagarto a importância de se preservar o conhecimento da existência do grupo folclórico Parafusos. Quando Aglaé Fontes Alencar faz referência à ideia de que os Parafusos identificam Lagarto, fortalece a nossa convicção de que, em se tratando de manifestação popular, esse grupo é uma referência, que precisa ser melhor conhecida, amada e preservada: "Ninguém pode falar nos parafusos sem se lembrar de Lagarto. Isto porque é lá que o grupo nasceu, se desenvolveu, morreu e renasceu. É comum o povo dizer: ´vamos ver os parafusos de Lagarto´". Assim Lagarto é um nome ligado de forma biológica aos parafusos e hoje, em Sergipe, detém a exclusividade da sua existência.







fonte: Google

Selo UNICEF - Casa de Cultura Zabumbambus

Eixo - Cultura Popular - Expressão Cultural Escolhida, Casa de Cultura Zabumbambus, Um projeto do Artista Plastico Gildecio Costaeira & da banda Lacertae, Povoado Campo do Crioulo - Lagarto/Sergipe - Brasil. ' ' ' ' '

quinta-feira, 23 de julho de 2015

quinta-feira, 16 de julho de 2015

Banda Los Guaranis - Lagarto-SE

http://www.losguaranis.com.br/

Décadas de sucesso

No ano de 1963, na cidade de Lagarto, surgia de alguns músicos da banda “Lira Nossa Senhora da Piedade”, a ideia de formar um conjunto musical, tendo como sócios fundadores, os Srs. Rivaldo Fonseca; Valmor Antônio de Oliveira; Osman Carvalho Silva e Alexandre Conceição, os quais permanecem até hoje. O nome da banda “Los Guaranis”, surgiu pelo primeiro nome dado à mesma, conjunto Guarani; todavia, por influência de vários conjuntos da época, a exemplo de “ Los Mariach”, “Los Mexicanitos”, “Los Lobos”, entre outros, surgiu “Los Guaranis”.

Exposição de Lello Araújo

terça-feira, 14 de abril de 2015

É HOJE!

Show do Lacertae dia 14 de abril, terça-feira na loja HÁBYTO - Rua Lupicínio Barros - Lagarto-SE, no desfile da ‪#‎ELLUSSPECIALDAY‬ na Habyto Lagarto

segunda-feira, 13 de abril de 2015

Lacertae reliase 25 anos de Música e Arte


LACERTAE 25 anos
História de música orgânica e singular
O ano de 1990 marcou o nascimento de uma das mais originais expressões musicais do país. Na cidade de Lagarto, Sergipe (a 75 km da capital, Aracaju), e mais de perto ainda no povoado Campo do Crioulo, nasceu o Lacertae.
O nome, que quer dizer Lagarto em latin, numa óbvia homenagem a cidade natal de seus integrantes, Aldemir Tacer (baterista) e Deon Costa (guitarra e vocal), veio ainda numa das primeiras formações da banda, que já chegou a contar com cinco componentes, mas que hoje é composta pelo dois membros originais e iniciais.
Como a imensa maioria das bandas de rock, o Lacertae começou como banda cover. Daí descobriu o som próprio e iniciou uma carreira que é marcada pela independência e pelo experimentalismo, além de ser uma referência entre músicos reconhecidos no cenário brasileiro, a exemplo de Dado Vila Lobos, ex-guitarrista da Legião Urbana, e do pessoal do mangue beat recifense, já que o saudoso Chico Science era, inclusive, fã e incentivador dos caras, com quem conviveu na cena do Recife justamente no início dos anos 1990.
A primeira obra autoral do Lacertae foi o CD Berimbau de Cipó Imbé, lançado em 1999, aonde as influências regionais se materializavam em um mix com o rock e com world music. Depois foi a vez de A Volta que o Mundo Deu (2008), em que a fusão sonora se tornou marca registrada da banda.
Essa distância entre as obras não foi fruto de um distanciamento da música, pois shows sempre aconteceram. Aliás, é ao vivo que o Lacertae faz o que sabe fazer de melhor: um som orgânico e diferenciado.
O baterista Tacer é o único instrumentista que acoplou a sua baqueta um berimbau, criando uma sonoridade diferenciada a partir do conceito de ‘berindrum’ (mistura de berimbau com drum – bateria em inglês). Não a toa que Aldemir participou III Mercado Cultural/Strictly Mundial, em Salvador/BA, em 2001, e foi convidado pelo músico Beijamin Talbikin para uma homenagem feita a ele pela Orquestra Contemporânea de Jazz em São Paulo, no ano de 2002.
Já o guitarrista e vocalista Deon Costa, cuja a inspiração em Jimi Hendrix marcou o seu início de carreira, evoluiu a ponto de já ter feito participações especiais em shows da Nação Zumbi, Arnaldo Antunes, Curumim, dentre outros. Seu som inconfundível se uniu a sua voz na interpretação de letras, compostas por Costa, que possuem forte inspiração na natureza e nas relações humanas.
Neste 2015, o duo Lacertae chega aos 25 anos e lança o DVD Aperipê Session, gravado em dezembro de 2014. Primeiro registro oficial da banda em vídeo, com uma sequencia de oito canções (Ali Babá e os 40 Ladrão, O Núcleo, Viagem no Pensamento, Eu Não Posso Ficar Parado Assim, Mel e a Cabaça, O Brilho, Pra que Pressa e Casulo), em que as duas primeiras canções são inéditas e as demais abarcam o trabalho do Lacertae e os projetos paralelos de Deon (Caneco D’Água) e Tacer (Unicampestre).
Mas melhor do que ler sobre Lacertae é ouvir Lacertae. Ouvir e ver o que dois músicos conseguem, com imaginação e olhos vidrados no futuro, ao unir rock, regionalismo e uma atitude extremamente orgânica no fazer música.

quarta-feira, 25 de fevereiro de 2015

segunda-feira, 2 de fevereiro de 2015

Festival

Festival Crioulus Music 2015
Deon Divem, Uni Campestre, DJ Noturnohm, Zanimais, Neris Mangaba, Guerreiros revolucionários, Lello Araújo e o Mestre Ze de Jorge.

Arte no Povoado Campo do Crioulo

Texto: Lello Araujo

Hoje eu fui fazer esta arte no povoado campo do crioulo em Lagarto-Se

A convite da casa de cultura zambumbambus na pessoa do "costeira"Gildecio Costaeira Rustic Rural e da super banda lacertae!!!!

Quando chegou a mim o convite participar deste movimento. a favor da cultura Lagartense, eu fiquei muito realizado profissionalmente... Pelo fato de que eu cresci vivendo de arte, e dês do início de minha adolescência eu sempre ouvi falar da "Lacertae" e ai eu fui saber, fui pesquisa o que era a lacertae... E ai foi onde me tornei um admirador da originalidade deles, depois descobri que eu era só mais um admirador no meio de muitos como: Chico Science, nação zumbi, e outros milhares espalhados no país e mundo a fora. Fiquei "pirado" observando uma banda que tinha um cara tocando um berimbau e uma bateria ao mesmo tempo. 

Tão bom ser reconhecido profissionalmente por pessoas a que vc sempre admirou... Muito bom participar do movimento ‪#‎RusticRural‬ 

Gente a muito tempo atrás a mais de 200 anos uma baronesa apareceu nessas terras as quais ela veio a tomar posses, mandou fazer uma casa e dessas terras desfrutou até ir embora e deixar o latifúndio para uma comunidade quilombola, Esta baronesa tinha um camelo que os moradores quilombolas o apelidaram de "crioulo" por ter um tom de pele escuro... Daí que surgiu o nome do povoado.

Hoje o povoado campo do crioulo é rico de folclore, música e arte.

Quero agradecer primeiramente a "costeira" a casa ‪#‎Zabumbambus‬ e a lacertae por acreditarem em meu trabalho e me concederem esta oportunidade de expor minha arte... E obrigado a toda comunidade por me fazer presenciar minha pele arrepiadando ao ver vários moradores aplaudindo e parados olhando eu fazendo arte. Hoje foi dia histórico pra minha galeria de emoções do mundo.

Fotos da Linha do Tempo · Há 5 horas · 

quinta-feira, 22 de janeiro de 2015

Festival Crioulus Music 2015

A Casa de Cultura Zabumbambus apresenta o Festival Crioulus Music 2015

Lello Araujo - 09:00 faz pintura aerografica na escola do Crioulo
-
Mestre Ze de Jorge - 14:00
DJ Favass  -  15:00
Rustic Rurais - 16:00
Neris Mangaba - 17:00
Guereiros Revolucionários - 18:00
Uni Campestre - 19:00
Dj Noturnohm - 20:00
Zanimais - 21:00
Deon Diven - 22:00

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segunda-feira, 19 de janeiro de 2015

Festival Crioulus Music 2015

A Casa de Cultura Zabumbambus apresenta o Festival Crioulus Music 2015
bandas:
Neris Mangaba
Uni Campestre
Zanimais
Guereiros Revolucionário
Dj Noturnohm
Dj Favass
Deon Diven
Lello Araujo
Mestre Ze de Jorge

Pedro Neto Daresi em 2007 matéria reeditada na infonet

Zumbi dos Palmares é lembrado com feriado e extensa programação
20/11/2007

Nesta terça-feira, 20, é comemorado o Dia da Consciência Negra, e em 267 municípios de 12 Estados foi decretado feriado. A data lembra a morte de Zumbi dos Palmares, símbolo da resistência negra à escravidão, assassinado em 20 de novembro de 1695. Em Sergipe, onde segundo dados, 75% da população é afro-descendente, oficialmente apenas nos municípios de Pacatuba e Japaratuba será feriado.

Pedro Neto, coordenador de Políticas de Promoção da Igualdade RacialPara Pedro Neto, coordenador da Coordenadoria de Políticas de Promoção da Igualdade Racial, órgão do Estado criado em abril deste ano, antes de se implementar feriado é preciso que sejam implementadas pelos gestores municipais políticas para as comunidades negras. “No campo político, sou a favor do feriado na medida em que dará visibilidade à figura de Zumbi dos Palmares, enquanto líder de um movimento muito importante para a história. Mas antes é preciso que se criem políticas para beneficiar a população negra da região”, explica.

 

Para a presidente da Sociedade Omolayé, Sônia Oliveira, 20 de novembro deveria ser instituído como um feriado nacional. “Como uma forma de reconhecimento da contribuição que a população afro-descendente deu na construção do processo histórico do Brasil”, argumenta.

 

Compartilha da mesma opinião de Sônia, o presidente do Criliber, Luiz Bomfim.  Manifestações do movimento negro no Estado é muito expressivo “A instituição do feriado na cidade de Aracaju e no Estado seria de grande importância. Seria um avanço para os movimentos de luta negra no Estado. Iria causar um impacto, pois as autoridades teriam mais responsabilidade sobre a causa”. De acordo com informações da assessoria de comunicação da Câmara de Vereadores de Aracaju, não há projetos na Casa referentes à instituição do feriado. 

Conquistas

Luiz destaca que as melhorias promovidas para as comunidades negras são mínimas, “se for colocar na balança, tem muitas leis, mas poucas estão sendo cumpridas. Em Sergipe, desde governos anteriores não houve política voltada a comunidades negras. O que temos hoje não funciona de fato. Esperamos que a coordenação futuramente possa se transformar numa secretaria ou tenha autonomia nas suas ação”.

 

A presidente da Sociedade Omolayé acrescenta que, apesar da luta dos movimentos negros, a discriminação é geral, mas as mais contundentes são referentes às manifestações religiosas e na inserção no mercado de trabalho. “O país cresceu numa perspectiva racista. Apesar de o movimento negro ser histórico no país, nossos ganhos não são tão significativos”, destaca.

 

Programações

 

Zumbi dos Palmares é o grande homenageado do diaEm alguns municípios sergipanos, com destaque para a capital Aracaju, serão promovidas diversas programações que visam relembrar a figura de Zumbi dos Palmares, promover a difusão da cultura negra e incitar alguns debates sobre diversos temas relacionados à luta das comunidades afro-descendentes no Estado. “É bom que isso aconteça. Antes tarde do que nunca. É importante que a sociedade acorde para a causa. Era bom que tivesse um tambor batendo em cada esquina”, ressalta Bomfim. A instituição que preside irá realizar a partir das 7h30, um café da manhã, seguido de uma missa simbólica. A Criliber fica localizada na Rua Riachão, 717.

 

Já a Sociedade Omolayé juntamente com o Abacá Santo Expedito, o Ilê Axé Ojômim N’Sahara e o bloco Quilombo, irão promover o I Cortejo Afro-Religioso do bairro Cirurgia. A concentração será a partir das 15h30 na trav. Saturnino de Brito com rua Propriá (lado do Centro de Criatividade). Após o cortejo haverá um ato show no Centro de Criatividade com a participação de Leões de Jah, Guerreiros Revolucionários, Quilombo, Reação, Axé Kizomba, entre outras atrações.

 

Para o coordenador de Políticas de Promoção da Igualdade Racial, que está apoiando algumas dessas atividades, “é muito positivo que isso esteja acontecendo, porque antes, lá para a década de 80, poucas pessoas queriam se envolver com o movimento racial, devido à violência que sofríamos, éramos muito discriminados. Tem que pipocar atividades e discussões em todos os cantos do Estado, mas além disso precisamos também nos unir para fazer valer nossas reivindicações”, reforça.

 

Segundo Pedro Neto, existem hoje no Estado 25 instituições de comunidades negras e mais de 400 terreiros de candomblé, que, além da atividade religiosa, também atuam na promoção da igualdade racial. 

Confira abaixo Algumas programações:

Encontro Cultural de Japoatã 

Novembro Negro

Prêmio ‘Máscara da Unificação’

 

Por Carla Sousa

Adolfo Sá Viva la Brasa

O blogueiro Adolfo Sá lança livro:

pra saber mais entra la no blog:

http://vivalabrasa.blogspot.com.br/?m=1

Conheça o Artista Lello Araújo de Lagarto

tudo sobre o artista:
comunidade:
https://m.facebook.com/massaraujo?slog=843&seq=1915599589&rk=0&st=friend&fbtype=2048&fref=search

instagran:

LELLOARAUJO

Lacertae grava especial pra TV Aperipe e TV Brasil

Making-of fotográfico das gravações do especial Lacertae 25 anos nos estúdios da TV Aperipê, detalhe o cenário produzido pelo mult artista Gildecio Costaeira..