terça-feira, 14 de novembro de 2000

FESTIVAL Balaio Brasil é vitrine : por Marcos Toledo

FESTIVAL
Balaio Brasil é vitrine para pernambucanos

por Marcos Toledo

Caravanas de artistas de todo o País se reúnem em São Paulo, a partir de hoje, para 13 dias de apresentação nas unidades do Sesc daquela capital. O projeto Balaio Brasil conta ao todo com 150 atrações nas áreas de música, teatro, dança, literatura e artes visuais. Pernambuco estará representado por 21 atrações.

No segmento musical, partem daqui Lia de Itamaracá, Silvério Pessoa & Bate o Mancá, Dominguinhos, DJ Dolores, Otto, rabequeiros, mais os grupos Querosene Jacaré, Romançal, Devotos, Mundo Livre S/A, Faces do Subúrbio, Nação Zumbi, Sa Grama, Mestre Ambrósio, Oxê e Cabruera.

Para a abertura, às 21h, no Sesc Belenzinho, está marcado um grande show inaugural, com a participação de Demônios da Garoa, Inocentes, Lia de Itamaracá, Zé Ramalho e Cássia Eller. As atividades, no entanto, começam no mesmo dia às 13h, com o espetáculo de dança Perc Pé, de Santa Catarina.

No rol das demais atrações que representam os outros Estados, incluem-se Zélia Duncan, Toni Garrido, Quinteto da Paraíba, Lacertae, Pin Ups, Luiz Melodia, Marcos Suzano, Sebastião Tapajós, Pedro Luís, João Bosco, Almir Sater, Helena Meireles, Pé no Lixo, Arnaldo Antunes e mais um centro de artistas que buscam espaço para despontar para todo o País.

Como critério de seleção, os organizadores estabeleceram que os artistas deveriam ter relação com as manifestações culturais tradicionais brasileiras e, para a maioria, nunca haverem se apresentado em São Paulo. É a estréia na capital paulista mesmo para artistas já projetados nacionalmente, como o grupo Sa Grama, autor da trilha da microssérie/filme O Auto da Compadecida.

“É a nossa mira, pois tem um público específico para essa música (instrumental)”, afirma Sergio Campelo, flautista do conjunto. “Fora o Recife, lá é onde a gente mais vende disco”. Segundo o maestro, o Sa Grama já se apresentou na Funarte (Rio de Janeiro) e na Unicamp (Campinas).

Para São Paulo houve cerca de seis convites, nenhum viabilizado devido ao alto custo de transporte dos músicos e técnicos – 12 no total. O grupo mostrará no palco do Sesc Santo Amaro, daqui a uma semana, o repertório dos três CDs: o primeiro, homônimo; Engenho; e a trilha d’O Auto.

Muito se fala da cultura pernambucana no Sudeste, mas se apresentar ao vivo é a melhor vitrine para vender show, disco gravado ou em elaboração. “Caiu como uma luva”, conta Silvério, que leva o seu trabalho com o grupo Bate o Mancá, sobre a obra de Jacinto Silva. “Vou fazer o pré-lançamento do CD numa praça que é mutiplicadora de idéias e que absorve muito a música de Pernambuco.

Já Adelson Luna, baterista da Querosene, primeira atração a se apresentar no Balaio Brasil, destaca a iniciativa da organização. “O Sesc sempre dá uma boa estrutura”. O grupo faz em Sampa o primeiro show do segundo disco da carreira.

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