Esta será a segunda vez que Gildecio terá suas obras expostas na capital austríaca
“Eu fui convidado pela da idealizadora do festival, Vanessa Noronha, que mora lá na Áustria, após ela ter visto meus trabalhos nas redes sociais. A partir disso, ela pediu que eu enviasse algumas pinturas e acabei tendo três obras selecionadas”, relembrou o artista. “Com esse convite, fiquei muito feliz e surpreso ao mesmo tempo, porque essa notícia maravilhosa chegou enquanto o mundo vem sendo castigado com essa pandemia”, completou.
Duas das três obras que serão expostas em Viena
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Cabe destacar que essa não é a primeira vez que Gildecio expõe suas obras fora de Lagarto, de Sergipe e do Brasil. Em 1999, por exemplo, ele teve suas artes expostas na Itália; e em 2004, na Academia Nacional de Artes Plásticas, em Poços de Caldas-MG. “Esta será a segunda vez que minhas obras vão para Áustria”, observou o artista que terá suas telas expostas ao lado de nomes como: Dson Pereira, Erica Caminha, Ezio Orsatti, Italo Losano, Júlia Roque, Márcia Guimarães, Rosane Dall’Stella, Rosangela Scheithauer, Tania Rodrigues, e Peters e Vanessa Tölle.
Duas das três obras que serão expostas em Viena
Festival Cultural do Brasil em Viena terá início de forma virtual terá início no próximo dia 18 de julho e encerrará em setembro. Neste último mês, nos dias 25, 26 e 27 serão realizadas atividades presenciais envolvendo música, dança, palestras, oficinas e literatura. Tudo ocorrerá nas instalações do museu de etnologia da capital austríaca: Weltmuseum Wien.
24 DE JULHO DE 2020 - 20:34, POR CLAUDEFRANKLIN MONTEIRO
ASSUERO CARDOSO BARBOSA: ASSIM NASCEU O POETA
Quando o assunto é poesia em Lagarto-SE, certamente a principal referência é o jornalista Abelardo Romero Dantas (1907-1979). Autor de diversos trabalhos em prosa, tais como: Sílvio Romero em Família (1960), Origens da Imoralidade no Brasil (1967), Chatô, a verdade como anedota (1969), Heróis de Batina (1973) e Limites Democráticos do Brasil (1975, publicado postumamente em 2009). Na poesia, Abelardo se notabilizou tanto quanto na prosa e isso lhe rendeu inúmeros trabalhos, dos quais destaco Visita ao Rio (1978).
Na década seguinte ao seu falecimento, suas sementes lançadas em solo até então exclusivo de Sílvio Romero e de Laudelino Freire, apontaram frondosas com novos frutos do talento lagartense. Os anos 80 foram importantes para a renovação da cena cultural de Lagarto, trazendo a lume nomes como o poeta Assuero Cardoso Barbosa, sem sombra de dúvidas, hoje e para a imortalidade, à altura de Abelardo Romero Dantas.
“Antes eu fazia poemas, guardava ou eram expostos nas amostras culturais da Escola de Primeiro Grau Sílvio Romero, onde estudei da sexta à oitava série”. Nos relatou o poeta, nascido no dia 13 de setembro de 1965, filho de Ataíde Cardoso Barbosa e Higino Barbosa do Espírito Santo.
O ano de 1984 foi um marco em sua vida, graças ao II Concurso de Poesia Falada de Lagarto, realizado no Auditório do Colégio Nossa Senhora da Piedade (Colégio das Freiras). À época, o evento era promovido pela Secretaria Municipal de Educação e Cultura (com Paulo Andrade Prata na condição de secretário) em parceria com Secretaria de Estado da Cultura. As atividades culturais do município eram capitaneadas pelo artista floral Aristides Libório, na função de Agente Cultural.
Assuero Cardoso Barbosa viu que ali era uma grande oportunidade de mostrar seu trabalho para além da esfera estudantil. Ele escreveu o poema NÃO ACEITAMOS DÉBEIS MENTAIS, que compôs em memória ao amigo Jerônimo Almeida, estudante, seu amigo, que havia cometido suicídio, deixando a todos chocados. Segundo Assuero: “ele era conhecido na época pelo potencial intelectual”.
No II Concurso de Poesia Falada de Lagarto, Assuero ficou em terceiro lugar. Na terceira edição do concurso, no ano seguinte, ele levou os prêmios de primeiro e terceiro lugares, além de melhor intérprete: “o evento foi de total importância para que eu seguisse acreditando no que poderia contribuir como pessoa e cidadão lagartense”.
A Associação Cultural de Lagarto (ASCLA), fundada em 1970, conseguiu editar um livreto reunindo os poemas. A seleção dos dez classificados era feita por uma equipe de intelectuais e poetas de Aracaju que enviavam os selecionados para a prefeitura daqui. Apesar do rigor, houve plágios de alguns poemas, segundo Assuero: “Talvez por insegurança de alguns concorrentes”.
Poemas classificados no II Concurso de Poesia Falada de Lagarto, em 1984: 1) Glória na Terra e Alceu no Céu (Lísia Conceição Ferreira); 2) Oposição Direta (Noeme Dias); 3) Não Aceitamos Débeis Mentais (Assuero Cardoso Barbosa); 4) Depois de Você (José Élio de Souza); 5) Convite (Noeme Dias); 6) Medo (Maria do Carmo de Jesus); 7) Sem você (George Monastiliki); 8) Atos das Seca (Noeme Dias); 9) Cara Amarrada (Maria do Carmo de Jesus); 10) Vida e Morte (Leustênisson Mesquita).
Dessa plêiade de novos talentos, que nos apresentou Assuero Cardoso Barbosa para o mundo, destaco a acadêmica Noeme da Silva Dias, da Academia Lagartense de Letras, a primeira grande referência feminina da poesia lagartense.
Passados 36 anos, Assuero Cardoso Barbosa se firmou em definitivo entre os grandes da cultura lagartense e sergipana. Notável e premiado poeta, ele é membro fundador da Academia Lagartense de Letras, ocupante da cadeira de número 2, cujo patrono é o jurista e filólogo Laudelino Freire de Oliveira. É autor de vários livros, com premiações em nível local e nacional. Licenciado em Letras – Português, pela Universidade Federal de Sergipe, também é membro correspondente da Academia Cachoeirense de Letras (ES).
Assuero Cardoso Barbosa interpretando seu poema no II Concurso de Poesia Falada de Lagarto em 1984 (ao fundo, encostado à parede, o artista floral Aristides Libório)
NÃO ACEITAMOS DÉBEIS MENTAIS
Não aceitamos débeis mentais!
Ouvi falar assim certos “sociais”.
Percebi neste momento o quanto
Meu esforço foi em vão.
Eu, Jerônimo Almeida,
Simples sonhador e ser humano
Apagaram minha ilusão
Destruíram meu sonho.
Não aceitamos débeis mentais!
Estas palavras insistiram
Atormentaram meu pensamento
Não me deram chance
de poder mostrar meu talento
De poder mostrar muito mais
Fui vítima injustamente
Não aceitamos débeis mentais!
Estas palavras insistiram
Atormentaram meu pensamento
Não me deram chance
de poder mostrar meu talento
De poder mostrar muito mais
Fui vítima injustamente
Desse mundo de podres animais.
Foi como se tivessem roubado
Meu desejo de vida
Fizeram-me sentir inútil e pequeno.
Optei pela morte, tomei veneno.
Perdoe-me DEUS! Viver aqui? Jamais!
Eu vou para o céu
Pois aí tenho certeza
Que o senhor aceita débeis mentais!
Informativo Portal Lagarto Notícias
Como um site de notícias nós temos o dever de informar e instruir sobre o novo Coronavírus. Já existem casos confirmados em Sergipe e devemos tomar cuidado e nos prevenir diante desse vírus que causa infecções respiratórias e vem se alastrando no nosso país.
Fiquem atentos aos principais sintomas que são febre, tosse e dificuldade para respirar. A contaminação se dá por gotículas respiratórias ou contato físico.
As pessoas devem se prevenir lavando as mãos ou passando álcool em gel com frequência; cobrir o nariz e boca ao espirrar ou tossir; evitar aglomerações; manter os ambientes ventilados e não compartilhar objetos pessoais.
Lembrem-se que a prevenção é coletiva pois é uma doença contagiosa.
EXPOSIÇÃO DE GILDECIO COSTAEIRA NA EXPOARTE SÃO PAULO
A convite da Expo Arte São Paulo-SP, @expoartesp vou participar da nona edição de um dos maiores eventos de arte do Brasil, dia 16 e 17 de novembro, reunirá artistas independentes de todo território nacional aqui de Sergipe mais exemplificadamente do Povoado Campo do Crioulo- Lagarto-SE estará representando por Gildecio Costaeira
Entre os dias 16 e 17 de novembro, o artista plástico lagartense Gildecio Costaeira representará o município de Lagarto na IX Expo Arte São Paulo. O evento reúne artistas independentes de todo o Brasil.
Ao Portal Lagartense, Gildecio, que é natural do povoado Crioulo, na zona rural de Lagarto, lembrou que a sua ida para o evento nacional foi resultado de um convite recebido da organização da Expo Arte São Paulo.
“Esta é minha quarta visita a São Paulo, onde estarei com a exposição ‘As Criaturas da Terra’, minha nova série de pinturas composta por 10 telas que ressaltam a natureza em sua essência pura. Minha obra é toda focada na origem das espécies, na criação dos seres vivos e no mundo da pré-história animal dos dinossauros, peixes, aves, mamíferos e insetos”, acrescentou Costaeira.
Além disso, enquanto artista independente, ele destacou que a sua ida somente será possível graças ao apoio cultural da Prefeitura Municipal de Lagarto, do deputado federal Gustinho Ribeiro, do secretário Municipal de Agricultura, Fábio Frank. Segundo o artista, eles garantiram o suporte necessário para exibir o seu trabalho no país.
Gildecio Costaeira é um artista apaixonado pela natureza e que já apresentou suas obras em estados como o Rio Grande do Sul e também na capital do Uruguay. Por lá, ele apresentou uma exposição intitulada “A preservação da natureza e suas criações”. Aliás, foi essa mesma exposição que ele apresentou aos seus conterrâneos, em outubro de 2018, na Biblioteca Pública Municipal José Vicente de Carvalho.
ia 16 e 17 de novembro estarei apresentando para São Paulo a minha nova série de pinturas ” As Criaturas da Terra ” na EXPOARTE @expoartesp , o evento é um dos maiores do Brasil reunirá os maiores artistas independentes da atualidade… Apoio Cultural: @prefeituradelagarto
Expoarte São Paulo: exposição de artes visuais do artista Sergipano Gildecio Costaeira #Expoarte #costaeira #artprimitivaenatural #animais #insetos #dinossauros #saopaulo #lagarto #Sergipe
Desde setembro de 2018, quase que mensalmente, a Expo Arte SP põe à mostra o produto de artistas visuais independentes de todas as regiões do país. Ao longo de extensos finais de semana, praças e salões são lotados com as obras, além de curiosos e interessados.
No último sábado, 16, a exposição chegou à 9ª edição e o lagartense Gildecio Costaeira foi convidado para participar. É a quarta ida para trabalho do autodenominado ‘artista primitivo’ na capital paulista e, desta vez, ele expõe sua série de 10 telas tratando da “natureza em sua essência mais pura”, conta.
“Nossa intenção é colocar a arte na rua, ao alcance de todos. Fazer com que a arte chegue a novos públicos, novos olhares e conquiste novos seguidores. Nossa mostra de arte tem o objetivo de levar artistas, escritórios e galerias para espaços públicos de grande circulação, fazendo que a produção artística encontre novos fãs, possa ser exibida e sentida em novos espaços, principalmente nos espaços onde o grande público está”, diz a síntese do evento.
Foram 340 metros quadrados de obras de arte diversas em um casarão no bairro Vila Madalena. No Instagram da exposição é possível ver todas as telas do artista lagartense. Os custos da viagem foram arcados pela Prefeitura e pelo Governo do Estado, como forma de incentivo à cultura.
Novo Single da banda Lacertae? " SEPTEM " já está disponível em videoclipe no nosso canal do YouTube confira !!
Música - Septem Banda - Lacertae Single 2019 Zabumbambus produções
Release
Por: Paulo Henrique de Souza
LACERTAE
Inicio dos anos 90,jovens entediados e muito longe das capitais se reúnem para fazerem uma banda de rock,isso mesmo!
Você não ouviu errado. Uma banda de rock no interior de Sergipe.
Com parcos recursos começam os trabalhos. Iniciam tocando covers que aprendem das revistinhas de cifras. A batalha é
grande. A banda era formada por cinco integrantes. Faltava o nome. Foi escolhido "Hypnose",mas não vingou.Pesquisa vem,pesquisa
vai encontraram o nome "Lacertae" que foi extraído de um livro de astronomia que significa "Lagarto" em latim.
Do quinteto sobrou apenas um trio,um power trio primitivo.Baixo não existia.A guitarra com afinação secreta fazia a cozinha
a bateria.Que se completava com percussões feita de escapamentos de carros e latas de tintas,flautas e pífaros artesanais e gritos guturais.
Fizeram um auto-exílio em Salvador que durou uns quatro meses.Fizeram o show de estréia no antigo "Garage Rock" que
foi antológico.O burburinho começou.Por falta de dinheiro resolveram voltar para casa em Lagarto.
Começaram a produzir uma fita-demo atrás da outra.Viram um anúncio na falecida revista "Bizz" em que o produtor Carlos Miranda do também falecido selo "Banguelas" estava garimpando demos de todo o Brasil.Imediatamente escreveram uma carta(não
existia e-mail) e mandaram uma demo.Passou algum tempo e tiveram respostas.O telefone toca.O próprio Miranda no outro lado da linha maravilhado com o som,dizia:-"Véio,som do caralho.Apresentei o som para o Sérgio Espírito Santo da Rock it,ele vai gravar vocês."Enviou o contato do Sérgio,que ligou e mandou a gente ir para Recife onde gravariam para a coletânea "Brasil Compacto dois singles,isso já era 1995.Gravaram,foi a primeira banda de Sergipe entrar em uma coletânea a nível nacional.Logo viriam tocadas em Recife no aclamado Festival Abril pro Rock e na Expo Alternative no Rio de Janeiro,onde na platéia estava o Dado Villa Lobos e o artista plástico Barrão.Tudo seguia de vento em popa.
Devido a excessos e visitas a "Paraísos Artificiais" o vocalista enveredou por caminhos tortuosos.Fez um último show na Soparia do Rogé em Boa Viagem e simplesmente desapareceu.
Os dois lagartos continuaram com a história.Gravaram discos,fizeram shows pelo país e mantiveram de pé o sonho de jovens que nasceram para o ofício da música.
Após 20 anos,os três lagartos estão reunidos novamente,em um vibe mais madura e concreta.Gravaram dois singles:"Ver Sacrum" inspirado na revista editada no Séc. XIX e ínicio do Séc. XX pelos artistas visuais austríacos entre eles Gustav Klimt autor da "Dama Dourada".Neste single a banda descreve um cenário bucólico,cheio de luz,de musas,de Sol,de Lua.de esperança e paz.Já no single "Septem" que é o número da "Perfeição" seguem o caminho da descrição de locais mágicos,personagens burlescos.Tentam ficar livres do "deus" Cronos responsável pele tempo.Nossa escravidão um dia terá o fim.
Os três lagartos estão de volta.O tempo já não importa,as coisas já estão fora do lugar.O ânimo é o mesmo,o sonho continua o mesmo:Viver de música,para a música e com a música.
O mundo às vezes se torna pequeno quando você encontra um sentido que te eleva para outros mundos.
Seja feita a tua vontade Lacertae,não vamos deixar de sonhar jamais Eis a primavera Sagrada.
2018/2019
A Viagem ao Extremo Sul das Américas do artista visual Gildecio Costaeira acompanhe tudo que aconteceu nas duas exposições do artista nas cidades de Pelotas-RS e Montevidéu de 22 de abril a 22 de maio de 2018.
ARTES VISUAIS : PINTURAS QUE RESSALTAM AS FORMAS DA NATUREZA
04 abril
08:252018
SEXTA ÀS 18H NO BISTRÔ DA SECULT, EXPOSIÇÃO “A PRESERVAÇÃO DA NATUREZA E SUAS CRIAÇÕES”, AUTORIA DO SERGIPANO GILDECIO COSTAEIRA
Por Carlos Cogoy
No exterior, sua arte já esteve em Florença e Viena. No Brasil ele já expôs em locais como Aracaju, Salvador, Feira de Santana, Recife, Poços de Caldas, Brasília, Rio de Janeiro e São Paulo. Ainda faltava chegar ao sul do País. Mas, nesta semana, o artista sergipano Gildécio Costaeira, estará abrindo sua primeira mostra no Estado. E ele escolheu Pelotas. Gildécio explica: “Escolhi a cidade polo cultural. Estou encantado com a cidade, uma das mais belas que conheci. E Pelotas respira cultura”.
Gildécio Costaeira já expôs na Itália e Áustria
BISTRÔ – A ligação com Pelotas começou ano passado. Gildécio esteve na cidade, acompanhando o músico Tacer Berindrums no projeto “Eletricultura”. Ele recorda que houve vivência, como etapa do projeto Procultura Folclore Norte-Sul, em conjunto com o Ponto de Cultura “Outro Sul”. Daí, neste ano, com o apoio do Betinho Mereb (Outro Sul), houve contato com o secretário municipal de Cultura Giorgio Ronna. “Pedimos ao secretário um espaço para mostrar o trabalho. Então expliquei acerca da temática de minhas obras, e o porquê da escolha da cidade. O senhor Giorgio Ronna nos recebeu com muita atenção, e cedeu o espaço do Bistrô na Secretaria de Cultura”, diz Gildécio.
EXPOSIÇÃO terá abertura sexta às 19h. Serão doze telas com técnica mista. Algumas, conforme o artista, foram criadas em 2017. Outra parte é de diferentes fases. Na abertura, Gildécio explanará sobre suas criações. Além disso, haverá apresentação musical e coquetel. As obras têm dimensões que variam entre 50×50 e 90×90, e poderão ser comercializadas. Durante o período da mostra, que se estenderá até 13 deste mês, o artista estará recepcionando o público das 15h às 17h30min. A visitação poderá ser feita das 12h30min às 18h30min. A Secult está localizada no Casarão 2 à Praça Cel. Pedro Osório.
NATUREZA – No dia 15, Gildécio estará em Montevidéu, onde abrirá mostra no Espacio Cultural El Taller de Guillermo Ceballos. Na temática, a opção recorrente nas criações do artista. Ele exalta a natureza: “Meus mestres são os rios, os peixes, mamíferos, vegetais, aves e répteis. Na verdade, como não tenho a referência dos grandes pintores, minha arte não tem influência alguma de escolas antigas, ou algo parecido com a cultura européia. Nada disso me representa. Meu estilo é próprio, desenvolvido através de estudos sobre a arte nos cinco continentes, principalmente os aspectos primitivos, indígenas e naturais. Nas pinturas, apresento como tema a recriação da natureza e suas mutações”.
HISTÓRIA – Gildécio é natural do povoado “Campo do Crioulo” em Lagarto no Sergipe. Aos doze anos, começou a desenhar com lápis de cera. Outra etapa ocorreu em 1991, quando pintou as capas de fitas K7 para a banda “Lacertae”. De acordo com ele, foram mais de mil capas diferentes para a mesma banda. Posteriormente, como autodidata, passou a criar as primeiras telas. Em Pelotas desde o dia 22, Gildécio sábado participou de evento solidário no Diabluras. O artista apresentou tela na programação que arrecadou material para a Escola Municipal Getúlio Vargas. Na internet: costaeira.wordpress.com
Gildecio Costaeira participou da Exposição de Artes Visuais no Uruguai no último fim de semana
Com mais de 25 anos de dedicação às artes plásticas, o sergipano Gildecio Costaeira conquistou seu espaço e representa o estado nos maiores eventos culturais ligados às artes visuais do mundo. Na última semana participou da Exposição de Artes Visuais em Montevidéu, no Uruguai, e se destaca com o trabalho que realiza inspirado na recriação de animais e plantas que foram extintas. As telas expressam a junção de vidas.
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“Nasci no Povoado Campo do Crioulo, que fica na cidade de Lagarto, e desde os 12 anos, em 1990, comecei meu trabalho com a arte, fazendo desenhos em lápis de cera. Depois iniciei na pintura como autodidata fazendo as primeiras telas”, recorda Costaeira.
De lá para cá foram mais de 1500 telas feitas com a mensagem da preservação das espécies. “A vida dos animais e plantas sempre é lembrada nas minhas obras com a combinação de cores entre os seres ali presentes, dando curvas e traços para que novos seres surjam durante o processo de criação. A arte desenvolve um ciclo natural que traz a combinação e a impressão de serem um só”, explica.
Obra: os lírios de outrora Artista: Gildecio Costaeira Dimensões: 60X70
Inspiração
Gildecio Costaeira detalha como se inspira para levar para a tela o meio ambiente em cores marcantes. “A obra é o retrato de um mundo criado por mim, destacando a importância de observar cada detalhe do nicho ecológico com o propósito de chamar a atenção dos espectadores sobre a preservação dos seres”, explica o artista plástico que tem formação em Autóctone, que se inspira em uma comunidade em que habita e proveniente das raças que ali sempre habitaram.
“A minha pintura tem a pureza de trazer as plantas e os animais extintos para serem transformados em telas irradiantes, com cores fortes e atraentes, a visão do espectador. A pintura traz seres luminosos que viveram em nosso planeta no passado, que são recriados em outras dimensões, com proposta de passar ideias sobre arte e educação, trazendo um pensamento artístico e natural. Sempre me inspiro nos rios, peixes, mamíferos, vegetais, aves, moluscos, répteis e árvores”, conta.
Obra: As Espécies em Transformação
Artista: Gildecio Costaeira
Dimensões: 50X50
O artista disse começou utilizar esta técnica desde a sua infância. “Toda a minha vida foi dedicada aos estudos geográficos e biológicos da terra. Desde cedo aprendi a origem das espécies. A arte flui naturalmente e a obra é focada na pintura de seres presentes e não existentes há milhões de anos. A vida de animais e plantas está presente como uma vida de vanguarda. A obra constrói e mostra para novos e velhos artistas uma maneira de fazer arte com temas naturais em visão simples, representando com bichos e plantas. Não tenho a referência dos grandes pintores e minhas pinturas não têm influência de nenhuma escola antiga ou algo parecido com a cultura europeia”.
Sucesso
De Sergipe, as obras de Gildecio Costaeira foram expostas em grandes eventos no Brasil e no mundo. “Sobreviver de arte no nosso Brasil é muito difícil, mas é satisfatório ter um trabalho reconhecido. Já fui selecionado e participei de diversas mostras, eventos em Brasília (DF), São Paulo (SP), Recife (PE), Salvador (BA), Rio Grande do Sul (RS) e Poços de Caldas (MG)”.
Em seguida, o trabalho do sergipano também foi selecionado para participar de mostras internacionais. “Participei da Bienal de Florença, na Itália, da Mostra em Viena, na Áustria, e na última semana da Exposição de Artes Visuais em Montevidéu, no Uruguai”, orgulha-se.
“Estou há um mês entre Rio Grande do Sul e Montevidéu e para mim é um fato inédito. Nunca imaginava fazer duas exposições no extremo Sul das Américas. Antes de chegar a Montevideo, fizemos uma conexão entre os pontos de cultura ‘Outro Sul de Pelotas’, ‘Espacio Cultural el Taller de Montevideo’ e ‘Casa Cultura Zabumbambus’, através disso com os diretores das instituições, Aldemir Tacer, Herberto Mereb e Guillermo Ceballos, conseguimos fazer uma conexão unindo as tradições destas regiões, sendo que um sergipano vem fazer exposições no Sul do Brasil e no Uruguai. Foi tudo muito incrível”, vibra.