quarta-feira, 3 de maio de 2017

Tacer Berindrums : Tour pelo Uruguai, Argentina e Rio Grande do Sul - Brasil

🎸: Tour Tacer Berindrums pelo Uruguai, Argentina e Rio Grande do Sul , nestas imagens ele está tocando no festival na Argentina, com os Tambores Uruguaios ...
🎸: Representante autêntico da música Sergipana, músico baterista da banda Lacertae desde 1990

Internacional Jazz Day agita o domingo em Pelotas

30 Apr 2017
 A Princesa do Sul abriu suas portas para receber atrações que prometem regar o dia 30 de abril com jazz da melhor qualidade, valorizando o intercâmbio cultural e o apreço por esse estilo que move a alma e toca o coração de pessoas em todo mundo.  O evento ocorreu hoje em Pelotas e simultaneamente em 30 países.  O dia lindo de domingo contribuiu para o sucesso da festa. Milhares de pessoas compareceram ao largo do Mercado Público

O Diabluras foi outro espaço que abrigou as atividades do evento  nesses três dias. Além é claro o de hoje com várias bandas como Candombe Elétrico com Tacer Berindrums, César Lascano e banda, Serginho da Vassoura e a banda Iluminismo Sonoro e muitas outras.

Um pouco do que rolou por lá hoje:

http://www.quindimculturalpel.com/single-post/2017/04/30/Internacional-Jazz-Day-agita-o-domingo-em-Pelotashttp://www.quindimculturalpel.com/single-post/2017/04/30/Internacional-Jazz-Day-agita-o-domingo-em-Pelotas



Internacional Jazz Day


dia 30 de Maio 2017










aqui no shows entre 
URUGUAI/ARGENTINA




A jornada musical continua o Tacer fica no Uruguai até julho para a gravação do seu terceiro disco solo Condombe Eletrico, residente em Montevidéu(URU) a capital do Uruguai desde março em sua estadia la fazendo contatos entre músicos e agentes culturais, trabalhando em oficinas se matem-se como instrutor de musica percussiva, tem vários show marcados entre Uruguai e argentina.




Corredor cultural
Tacer Berindrum
Outrosultaques em Montevideu 
Lagarto- se 
Pelotas. rs\montivideu-uy




Festival internacional de música Olimar -Uruguai 
ao lado do produtor beto do selo Outro Sul
Berindrums Outrosultaques






Aldo Soarez grande músico e produtor musical De Montevideu 
Parceria da pesada 
Criatividade e atitude na gravação do Candombeletrico
UY-BR Estúdio Usinas cultural




Candombeletrico
Gravação inicial
Estúdio Usina Cultural Montevideu
Berindrums e
Guillermo Ceballos

Montevideu 







Montevidéu - URUGUAI







domingo, 19 de março de 2017

Zabumba de Terreno


Texto da Folha de São Paulo:
Link,. http://www1.folha.uol.com.br/fsp/ilustrad/fq1411200027.htm
Banda de Zabumba de Lagarto, município a cerca de 100 km de Aracaju (SE).
Trata-se de um legado artístico de Zé Terreno, um zabumbeiro que começou a tocar na cidade há cerca de 160 anos e marcou gerações futuras. Seus bisnetos, o pipoqueiro José Carlos e o cortador de carne Enoque, encabeçam o conjunto que segue participando de reisados e novenas.
"Os tocadores de zabumba são todos senhores de idade e exercem muita influência na cultura local.






Apresentação em São Paulo, o grupo folclórico Zabumba de Terreno



 



Facebook:  


Zé Carlos O Mestre da Zabumba de Tereno, formada pelos caboclos dos índios na região da horta onde hoje é a cidade de Lagarto-SE a mais de 140 anos...
É uma honra trabalhar ao lado deste grande defensor da cultura e do folclore popular Brasileiro.
Contatos:
Zabumba de Terreno: 079 996279662







Zabumba é o nome popular do “bombo”, um instrumento de percussão. O termo, também, é usado para denominar o conjunto musical composta por quatro integrantes, todos do sexo masculino, conhecido como “Banda de Pífanos”. Em Sergipe, as apresentações da Zabumba acontecem em rituais de pagamento de promessas, datas comemorativas, festas religiosas e festivais de cultura popular.



www.youtu.be/u9lq4E8_m9A


 

quarta-feira, 1 de março de 2017

Lampião - Robin Hood do Sertão


Herói ou Bandido
Lampião, nome de batismo, Virgulino Ferreira da Silva, foi o cangaceiro líder do bando mais temido e sanguinário do sertão brasileiro, que chegou a ser chamado 'O Robin Hood da Caatinga', que roubava aos ricos para dar aos pobres. Mulato de aproximadamente 1,70, cego de um olho e muito vaidoso, ostentava em seus dedos anéis e no pescoço um lenço.
O fenômeno do cangaço ocorreu no polígono das secas, região do semi-árido nordestino conhecida como caatinga. Cangaceiro era o nome dado aos foras-da-lei que viveram de forma organizada na região do nordeste brasileiro, no período de 1920 a 1940, levando morte, medo à população do sertão.
Era muito comum no sertão brasileiro, as rivalidades por causa de terras, e numa dessas rixas entre famílias do sertão, os pais de Lampião foram assassinados. Revoltados, Lampião e seu irmão juraram se vingar da morte de seus pais e por isso entram para o cangaço.
Em 1922, Lampião assume a liderança do bando de cangaceiros chefiado, até então, pelo cangaceiro Sinhó Pereira.
O bando de Lampião era composto por cinquenta pessoas entre homens e mulheres. Patrocinado por coronéis e grandes fazendeiros que forneciam abrigo e apoio material, o bando chefiado por Lampião tinha o hábito de invadir cidades e vilarejos em busca de comida, dinheiro e apoio, e quando bem recebidos, a população desfrutava de baíles animados com muita música, dança (xaxado) e distribuição de esmolas. Mas quando o bando não conseguia apoio na cidade, Lampião e seu bando eram impiedosos, arrancavam olhos, cortavam línguas e orelhas, castravam homens e estuprava mulheres e a marcavam com ferro quente. Mesmo sendo autor de tanta atrocidades, Lampião se dizia um homem religioso e carregava uma imagem de Nossa Senhora da Conceição e um Rosário.
Em 1926 foi chamado pelo Padre Cícero para uma conversa onde foi repreendido por seus crimes e recebeu a proposta de combater a Coluna Prestes, grupo revolucionário que se encontrava no nordeste. Em troca Lampião receberia anistia e a patente de capitão dos batalhões patrióticos. Animado com a proposta, Lampião e seu bando partiram à caça dos revolucionários, mas quando Lampião chega a Pernambuco a polícia cerca seu bando e ele descobre que a anistia e a patente prometida não existia. Mas uma vez Lampião e seu bando voltam ao banditismo.
No final de 1930, lampião conhece sua grande paixão, Maria Bonita, mulher de um sapateiro que se apaixonou por Lampião e com ele fugiu.
Figura lendária ao lado de Lampião, Maria Bonita, a primeira mulher a participar de um bando de cangaceiros, ficou conhecida como a 'Rainha do Cangaço'. Maria Bonita, além de cuidar dos afazeres domésticos, também participava das atividades de combate, mas muitas vezes impediu alguns atos de crueldade de Lampião.
A história de Lampião e Maria Bonita durou aproximadamente 8 anos, quando no dia 28 de julho de 1938, o bando de Lampião foi cercado e morto em Angicos, Sergipe, os integrantes do bando foram degolados e as cabeças expostas como troféus na escadaria onde hoje funciona a Prefeitura de Piranhas (AL).
As cabeças decepadas são: (de baixo para cima e da direita para esquerda)
1. Lampião 2.Quinta Feira 3. Maria Bonita 4. Luiz Pedro 5. Mergulhão 6. Manoel Miguel (Elétrico) 7. Caixa de Fósforo 8. Enedina 9. Cajarana 10. Moeda 11. Mangueira.
Muitos historiadores acreditam que o bando tenha sido envenenado antes da degola, uma traição que pôs fim aos crimes cometidos pelo bando de Lampião que sempre contou com o aval de coronéis, a incompetência das autoridades do sertão brasileiro e o descaso do governo federal.





 



Esse ano a morte de Lampião completa 70 anos e as lendas e mito sobre o cangaceiro e sua saga no sertão nordestino permanecem viva no imaginário popular. Sua herança está no cinema, na dança (xaxado), na cultura popular, na pintura, no artesanato, na literatura, principalmente na literatura de cordel.

 
 



Segundo o Historiador, João souza Lima, existem seis mitos e lendas a respeito das atrocidades cometidas por Lampião, que ainda persistem. São elas:
Testículo na gaveta 
Segundo o historiador, um certo dia, um sujeito estava cometendo crime de incesto e foi flagado por Lampião, que ordenou ao criminoso colocar os testículos na gaveta e fechar com chave. Lampião deixou um punhal sobre o criado-mudo e disse: "Volto em dez minutos, se você ainda estiver aqui eu te mato".
Crianças no punhal
Conta essa lenda, que a população, com medo da fama de violento de Lampião, acreditava em todas as histórias sobre o cangaço. uma delas foi criada com o objetivo de afungentar os sertanejos que ajudavam a esconder cangaceiros. Os policiais da época espalhavam pela cidade que Lampião jogava as crianças para o alto e as parava com um punhal.
Lampião macaco
Segundo essa lenda, Lampião só conseguia se esconder na mata durante as perseguições das volantes (polícia da época), porque subia nas árvores e fugia pelos galhos das copas. O historiador conta que isso foi publicado em um livro sobre cangaço como se fosse verdade, e muita gente ainda acredita nessa história. "Quem conhece a caatinga sabe que na região onde Lampião passou e lutou não havia árvores com copas."
Você fuma?
Outra lenda diz que Lampião teria sentido vontade de fumar e sentido o cheiro da fumaça do cigarro. Ele caminha um pouco e encontra um sujeito fumando. O cangaceiro vai até o homem e pergunta se ele fuma. O indivíduo vira para olhar quem conversava com ele e, asustado por ver que era Lampião, responde com medo: "Fumo, mas se quiser eu paro agora mesmo!".
História do sal
É muito comum ouvir no nordeste até hoje, que Lampião chegou à casa de uma senhora e pediu que ela fizesse comida para ele e para os cangaceiros. Ela cozinhou e, com medo de Lampião, acabou por esquecer de colocar o sal na comida. Um dos cangaceiros reclamou que a comida estava sem gosto. Lampião, teria pedido um pacote de sal para a mulher, e despejou na comida servida ao cangaceiro reclamante e o forçou a comer toda comida do prato. O cangaceiro teria morrido antes de terminar de comer.
Lampião Zagueiro
Segundo o historiador, na década de 1960, uma empresa pesquisadora de petróleo no Raso da Catarina, em Paulo Afonso (BA), abriu uma pista de pouso para trazer os funcionários de outras regiões que iriam executar trabalhos de pesquisa. Sem ter encontrado petróleo, apenas algumas reservas de gás, a empresa deu por fim as pesquisas. Na década de 1970, um estudioso do cangaço teria encontrado o campo de pesquisa parcialmente encoberto pelo mato e escreveu, em livro, que aquele seria um campo de futebol construído por Lampião. "O pesquisador ainda teria reportado, de maneira totalmente infundada, que o rei do cangaço teria atuado no time como zagueiro".
Fotos - Google Imagem








quinta-feira, 16 de fevereiro de 2017

LACERTAE 1993/1994

Tacer Berindrums - Eletricultura

Uni Campestre - Florestal

Cinemerne - Coisas Belas e Sujas

LACERTAE - A volta que o mundo deu


A chegada de Lampião no Inferno 
Autor: José Pacheco 

Um cabra de Lampião 
por nome Pilão Deitado 
que morreu numa trincheira 
um certo tempo passado 
agora pelo sertão 
anda correndo visão 
fazendo mal assombra 

Foi ele que trouxe a noticia 
que viu Lampião chegar 
o inferno nesse dia 
faltou pouco pra virar 
incendiou-se o mercado 
morreu tanto cão queimado 
que faz pena até contar 

Morreu mãe de Canguinha 
o pai de forrobodó 
cem netos de parafuso 
um cão chamado Cotó 
escapuliu Boca Ensossa 
e uma moleca ainda moça 
quase queima o totó 

Morreram cem negros velhos 
que não trabalhavam mais 
um cão chamado Traz Cá 
Vira Volta e Capataz 
Tromba Suja e Bigodeira 
um cão chamado Goteira 
cunhado de Satanás 

Vamos tratar na chegada 
quando Lampião bateu 
um moleque ainda moço 
no portão apareceu 
quem o senhor cavalheiro 
moleque eu sou cangaceiro 
Lampião lhe respondeu 
o moleque não sou vigia 
e não sou seu pareceiro 
e você aqui não entra 
sem dizer quem é primeiro 
moleque abra o portão 
saiba que sou Lampião 
o assombro do mundo inteiro 

Então esse vigia 
que trabalha no portão 
dá pisa que voa cinza 
sem fazer distinção 
o cabra escreveu não leu 
a macaiba comeu 
ali não se faz perdão 

O vigia disse assim 
fique fora que eu entro 
vou falar com o chefe 
no gabinete do centro 
por certo ele não lhe quer 
mais conforme o que disser 
eu levo o senhor prá dentro 

Lampião disse vá logo 
quem conversa perde hora 
vá depressa e volte já 
que eu quero pouca demora 
se não me derem ingresso 
eu viro tudo asavesso 
tóco fogo e vou embora 

O vigia foi e disse 
a Satanás no salão 
saiba vossa senhoria 
que aí chegou Lampião 
dizendo que quer entrar 
eu vim lhe perguntar 
se dou-lhe ingresso ou não 

Não senhor Satanás disse 
vá dizer que vá embora 
só me chega gente ruim 
eu ando meio caipora 
eu já estou com vontade 
de botar mais da metade 
dos que têm aqui pra fora 

Lampião é um bandido 
ladrão da honestidade 
só vêm desmoralizar 
nossa propriedade 
e eu não vou procurar 
sarna pra me coçar 
sem haver necessidade 

Disse e vigia patrão 
a coisa vai esquentar 
eu que ele vai se danar 
quando não puder entrar 
Satanás disse é nada 
convida aí a negrada 
e leve o que precisar 

Leve cem dúzias de negros 
entre homem e mulher 
vá na loja de ferragens 
tire as armas que quiser 
é bom avisar também 
pra vir os negros que tem 
mais compadre Lucifer 

E reuniu-se a negrada 
primeiro chegou Fuchico 
com um bacamarte veio 
gritando por Cão de Bico 
que trouxesse o pau da prensa 
e fosse chamar Tangença 
na casa de maçarico 

E depois chegou Cambota 
endireitando o boné 
formigueiro e Trupe Zupe 
e o crioulo Quelé 
chegou Caé e Pacaia 
Rabisca e Cordão de Saia 
e foram chamar Banzé 

Veio uma diaba moça 
com uma caçola de meia 
puxou a vara da cerca 
dizendo a coisa tá feia 
hoje e negocio se dana 
e gritou eita banana 
agora a ripa vadeia 

E saiu a tropa armada 
em direção ao terreiro 
com faca facão e pistola 
canivete e granadeiro 
uma negra também vinha 
com a trempe da cozinha 
e o pau de bater tempero 

Quando Lampião deu fé 
da tropa negra encostada 
disse só na Abissínia 
dá tropa preta danada 
o chefe do batalhão 
gritou de arma na mão 
toca-lhe fogo negrada 

Nessa voz ouviu-se tiro 
que só pipoca no caco 
Lampião pulava tanto 
que parecia um macaco 
tinha um negro nesse meio 
que brigou tomando tabaco 

Acabou-se o tiroteio 
por falta de munição 
mas o cacete batia 
nego rolava no chão 
pau pedra que achavam 
e tudo que a mão pegava 
sacudiam em Lampião 

Chega trás um armamento 
assim gritava o vigia 
trás a pá de mexer doce 
lasca os gamos de caria 
trás um birro de massau 
corre vai buscar um pau 
na cerca da padaria 

Lucifer mais Satanás 
vieram olhar do terraço 
todos contra Lampião 
de cacete vaca e braço 
o comandante no grito 
dizia briga bonito 
negrada chega-lhe o aço 

Lampião pode apanhar 
uma caveira de boi 
e sacudiu na testa dum 
e ele só fez dizer oi 
ainda correu dez braças 
e caiu enchendo a calça 
mais não digo de que foi 

Estava travada a luta 
mais de uma hora fazia 
a poeira cobria tudo 
negro embolava e gemia 
porem Lampião ferido 
ainda não tinha caído 
devido a grande energia 

Lampião pegou um seixo 
e rebateu em um cão 
mas o qual arrebentou 
a vidraça do oitão 
saiu um fogo azulado 
incendiou o mercado 
e o armazém de algodão 

Satanás com este incêndio 
tocou no búzio chamando 
correram todos os negros 
que se encontravam brigando 
Lampião pegou a olhar 
não vendo com quem brigar 
também foi se retirando 

Houve grande prejuízo 
no inferno nesse dia 
queimou-se todo dinheiro 
que Satanás possuía 
queimou-se o livro de ponto 
perdeu-se vinte mil contos 
somente em mercadoria 

Reclamava Lucifer 
horror maior não precisa 
os anos ruim de safra 
e agora mais esta pisa 
se não houver bom inverno 
tão cedo aqui no inferno 
ninguem compra uma camisa 

Leitores vou terminar 
o tratado de Lampião 
muito embora que não possa 
vos dá maiores explicação 
no inferno não ficou 
no céu também não chegou 
por certo está no sertão 

Quem duvidar desta historia 
pensar que não foi assim 
querer zombar do meu eu 
não acreditando em mim 
vá comprar papel moderno 
e escreva paro o inferno 
mande saber de Caim. 
Colaboração 
GESNER LINS Recife -PE. 
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